segunda-feira, 29 de abril de 2013

O very-Light do Jamor.


De todos os episódios vergonhosos passíveis de pertencerem a este compêndio, este é, de longe, o mais negro. Por isso, e por respeito aos familiares e amigos da vítima, vou abster-me de tentar fazer piadas sem piada e limitar-me-ei a descrever o sucedido.
Benfica 3 : 1 Sporting
Estádio do Jamor, final da Taça de Portugal, 18-05-1996

Dia de taça, dia de festa do futebol e o estádio do Jamor à pinha numa tarde de Maio de 1996. Tarde esta que deveria ter ficado para a história como tendo sido mais uma grande final de futebol, ficou antes marcada pela morte de Rui Mendes, adepto sportinguista atingido no peito por um very-light que veio do outro lado do estádio, da bancada da claque Benfiquista.
Este é provavelmente o momento mais triste e vergonhoso do nosso futebol e denegriu não só o desporto como também a justiça. O criminoso, membro dos No Name Boys, que não referenciarei o seu nome, foi condenado a quatro anos de prisão mas fugiu antes de ter cumprido a totalidade da pena. Andou fugido à justiça onze anos e só passado esse tempo foi recapturado e, sem qualquer agravamento à pena pela evasão, cumpriu apenas o que restava. Desde então já foi novamente capturado e julgado por outros actos de violência no desporto.
Por muitos penaltis que se roubem, por muitos golos limpos que se invalidem, por muitas sacanagens que se façam, nada é comparável à vida humana. Vida que foi roubada por um bandalho criminoso. Criminoso que matou em representação da equipa que carregará para sempre esta vergonha, o Benfica.
Só para que não fique esquecido, aqui fica o vídeo.

O dia em que a Luz apagou.


Nem todos os momentos com categoria suficiente para figurarem neste espaço têm o Sporting como implicado. O episódio que hoje vos falo envolve Benfica e Porto, mas com o Benfica como interveniente maior, o autor de uma obra magna da estupidez.
Benfica 1 : 2 Porto
Estádio da Luz, Jornada 25 da 1ª Liga, 03-04-2011

Foi no embate entre Benfica e o Porto no Estádio da Luz na época 2010/2011 em que o Porto se arriscava a ser campeão da liga em plena casa benfiquista. Arriscava e foi. Com um golo de Guarín aos 9 minutos e outro de Hulk aos 26 por grande penalidade, a contrariar a grande penalidade marcada por Saviola aos 17, o Porto com o resultado de 1-2 assegurava o título de campeão a 6 jornadas do fim.
O Benfica, essa equipa cujo objectivo máximo é dignificar o futebol, em vez de dar os parabéns ao campeão e ir preparar a próxima época enquanto lambia as feridas, pensou o impensável – estragar a festa ao Porto, como se fosse alguma vez possível estragar a festa de um campeão na casa do rival. Alguém, do alto da sua sabedoria mor, um electricista, um jardineiro ou um simples recauchutador de pneus, teve a mais brilhante ideia desde que foi inventado o toque rectal.
As luzes do estádio foram apagadas, a rega automática foi ligada e criou-se um momento lindo que para sempre irá ser recordado como o tiro no pé mais certeiro da história. Bem, chamar-lhe tiro no pé é pouco. Foi um tiro no pé com navalhada no joelho ao mesmo tempo que se pisa uma mina pessoal e se engole uma granada enquanto se puxa a cavilha. Sim, foi isso.
Muitos logo inventaram frases como “o Porto extingui a luz”, “o Benfica meteu água”, ou “a Luz deu um estoiro tal que ficaram todos molhadinhos” – bem, esta última, como podem ver pela inspiração, fui eu.
Consequências desportivas ou mesmo legais destas atitudes que puseram em risco a segurança dos adeptos à saída do encontro? Zero, como é normal no nosso pequeno país feito de pequenas e mesquinhas gentes, mas valeu a pena por tudo aquilo que ficou na memória.
Os benfiquistas deram razões para serem gozados para toda uma vida, e ganharam nesse ano, por muitos pontos de avanço, o campeonato da ignomínia.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Bom demais


Pensava que já tinha a minha dose diária de momentos deprimentes, mas soube-se agora que João Capela, pelo brilhante desempenho no último grande derby foi premiado com a nota 3,7 de 0 a 5. Esta nota é considerada um “bom mais”.
Só? Só bom mais? Afinal essa malta que avalia os árbitros está a ficar exigente.
Pelas minhas contas deveria ter sido bastante mais, ora vejam:
  • 1 ponto por ter chegado a horas ao jogo;
  • 1 ponto por ter apitado no início do jogo;
  • 1 ponto por ter apitado no final do jogo;
  • 0,7 pontos por saber o seu próprio nome;
  • 1,3 pontos por ter feito uma arbitragem honesta e isenta.
Se calhar houve alguma coisa que os avaliadores viram o que mais ninguém viu.... esses picuinhas.

Bocas para o ar (1).

Então, ontem o critério esteve mais apertadinho e doeu a sair, não foi?

(Relativamente ao Fenerbahçe 1 : 0 Benfica, primeira mão da meia-final da Liga Europa 2012/2013)

O penálti do Jardel.


“Há i tal, vocêzes sportinguistash só sabem é xoramingar mash nunca se lembrem do penálte do Jardel”, diz o benfiquista de face mais ruborizada que o vinho matinal sugere.
Ora, ainda bem que falas nisso, no penálti do Jardel. Era mesmo esse assunto que queria abordar.
Benfica 2 : 2 Sporting
Estádio da Luz, Jornada 15 da 1ª Liga, 15-12-2001

O primeiro embate dessa época entre os dois grandes da capital ficou para a história. O Benfica foi claramente prejudicado por sucessivos erros desse grande exemplo de integridade e profissionalismo, desse sublime artista do apito na beiçola, Duarte Gomes. Acerca dessa figura, o Foi Limpinho terá melhores oportunidade para analisar a sua valorosa obra – que foi extensa – mas foquemo-nos para já neste jogo.
De facto, não se sabe se Duarte Gomes acordou virado para o lado errado ou se estava com o período. O que se sabe é tirou o dia para encavar forte e feito a equipa encarnada.
Foram vários os lances que os benfiquistas se podem queixar. Por exemplo, o cartão amarelo que ficou por mostrar a Hugo Viana que se viu envolvido numa troca de pontapés com Andrade em que só este viu amarelo e que viria a ser expulso mais tarde por entrada mázinha sobre Phil Babb. Ou o cartão amarelo perdoado a João Vieira Pinto, já amarelado, que entrou por detrás às pernas de João Manuel Pinto. Estranhamente, ou talvez não, quem viu o amarelo foi o jogador que sofreu a entrada. Até mesmo um ou outro cartão que também ficou por mostrar por faltas sobre o esbracejante e saudoso Mantorras.
Haveria mais, alguns que os Sportinguistas também se poderiam queixar, mas o lance que ficou para a história foi o penálti que Jardel simulou quando o Sporting perdia por 2-0 e já se esperava uma derrota dos leões. Esse penalti permitiu reduzir para a diferença mínima e, três minutos depois, veio o empate com outro golo do Jardel, desta vez brilhante e regular. Deem-me um momento para rever o salto de Jardel ao estilo sapo para o chão, só para recordar…
Agora que vim da casa de banho onde fui vomitar de tanto rir, quero dizer o seguinte: Foda-se! O que é isso, Duarte? És mesmo um palhaço imensurável, não és? Assinalar um penálti ridículo daqueles só está ao alcance de quem tem muitas frustrações nos cornos, não é? A tua filha putisse é tanta que dá caganeira à prisão de ventre.
Sou levado a desconfiar que, baseado no que viria a ser o historial desta avantesta em jogos com o Sporting, Duarte Gomes só fez a arbitragem que fez para que pudéssemos ser envergonhados para o resto dos nossos dias - “Então, e o penalti do Jardel?”
Por isso quero gritar alto e em bom som - O Sporting não quer ser beneficiado, quer ganhar e dizer que ganhou bem. O Sporting não quer vitórias fajutas tal como não quer derrotas fajutas. O Sporting quer saborear as vitórias sem gostos amargos. O Sporting quer arbitragens competente e justas que honrem o futebol e não as espécies de apitagens que temos o desprazer de assistir vezes demais. O Sporting tem quatro palavras no seu lema e nenhuma delas é putas, champanhe ou favores. Por isso, ganhem vergonha seus crápulas asquerosos, sejam competentes e dignifiquem o desporto!
Sim, o Benfica foi prejudicado frente ao Sporting neste jogo. Mas esta é uma gota de água nos oceanos fétidos e pestilentos de arbitragens e atitudes desprezíveis que insistentemente atingem e denigrem o grande Sporting Clube de Portugal.

É mais triste.

Ainda no rescaldo do infame derby e com o último post em mente, talvez não estejam recordados, mas esta foi a capa d’A Bola há uns anitos quando o Benfica foi prejudicado por um daqueles senhores de ar sério que de sério só têm o ar.


No alto da minha ingenuidade, pensava que A Bola iria agora presentear-nos com títulos como  Capela “acelera” Benfica – REVIRAVOLTA, com uma foto do Capela, não de cartão na mão porque não hove muitas oportunidades para sacar dessas, mas com óculos muito, muito, muito, muito, muuiiiito escuros nos olhos. Afinal enganei-me, foi só uma obra de arte:
 

Sem querer ofender ninguém, estou só a inventar ou estes cabrões destes jornalistas são parciais como a puta que os pariu?

quarta-feira, 24 de abril de 2013

É triste.

Ouvem-se alguns sportinguistas, não muitos, a dizer que a comunicação social maltrata o Sporting. No período mais recente, o jornal Record é um dos que recebe as críticas mais acirradas, mas eu não vou em cantigas. Todos sabemos que os jornalistas, essa classe de grande classe, regem-se pelas mais puras regras de deontologia e ética. Vamos à prova.


Vejamos então o recente caso do Insua que cuspiu no Lionn no jogo com o Rio Ave na Liga Zon Sagres deste ano. A notícia “Insúa cuspiu em Lionn” foi prontamente divulgada pelo Record com o conteúdo “O desaire leonino frente ao Rio Ave (0-3), na Taça da Liga, em Vila do Conde, ficou marcado por uma atitude reprovável do lateral Insúa.”
Boa Record, sempre na defesa da moral e dos bons costumes. Estou contigo, cuspir é muito feio e mau. Esse Insua tem de ser chamado à atenção e levar tau-tau. Está a usar o símbolo mais lindo do mundo ao peito e tem de se portar à altura.


Temos também o recente caso de Enzo Pérez que cuspiu em Ricardo do Paços de Ferreira em jogo da mesma competição. O Record logo noticiou “Sururu entre Enzo e Ricardo” com o texto “O Benfica-P. Ferreira foi quase sempre pacífico, e dizemos quase sempre porque na reta final Enzo Pérez e Ricardo entraram em rota de colisão.”
Então Record? Estamos a afrouxar? Onde está esse vigor pela integridade? Um cospe, o outro é sururu? Um tem uma atitude reprovável , o outro foi uma amena cavaqueira mas depois lá discordaram? Bolas, saliva é saliva. Hum… cheira-me que os sportinguistas têm razão.
Esperem! Analisando melhor parece que o Enzo afinal não cuspiu. O balde de gosma saiu-lhe do goto inadvertidamente enquanto sururava com Ricardo e isso, de facto, acontece imenso. Ainda bem que Mira Amaral não joga futebol ou os jogos terminariam sempre em polo aquático. Afinal a foto é daquelas que parece que são mas não são, foi por isso que o Record só falou em sururu. Sim, sim, o Record era incapaz de utilizar uma dessas fotos para fazer notícia, ou acham o quê?


Oh, foda-se...

Exercício interessante.


Vamos a estatísticas? Sim, vamos. Eu sei que vocês adoram estas coisas dos números. É somar, é dividir, quiçá multiplicar e no final dão uns valores muito giros que podemos admirá-los e, imaginem, talvez tirar conclusões.
Ora bem, peguei nos últimos dez anos de 1ª Liga e comecei a fazer contas ao número de cartões que foram mostrados aos três grandes, amarelos e vermelhos. Desde a época de 2003/2004 até à actual 2012/2013, o Sporting viu ser-lhe mostrados 849 cartões amarelos, dos quais 34 vezes ao mesmo jogador na mesma partida, o que resultaram em 34 vermelhos, mais os 17 vermelhos directos, totaliza 51 vermelhos. Já o Porto, e resumindo, no mesmo período teve um total de 756 amarelos e 29 vermelhos.
Não sei se, com tantos números e tantas letras à mistura, perceberam alguma coisa, mas eu simplifico. O Sporting nos dez últimos anos de liga teve mais 93 amarelos e 22 vermelhos que o Porto. Eu repito pausadamente para poderem assimilar. Mais... 93... amarelos... e... 22... vermelhos... que o clube do... Vaticano.
“Então e o Benfica?”, pergunta o fervoroso adepto encarnado? Calma, calma. Eu sei que já aviaste a tua mulher na ânsia de saber os resultados e quero fomentar o bom ambiente familiar. Por isso tenho boas notícias para ti. Não todas, mas algumas.
O Benfica viu-lhe mostrados 797 cartões amarelos e 49 cartões vermelhos. Mais 41 amarelos e 20 vermelhos que o Porto. Sei que era isto que o adepto benfiquista queria saber, mas mesmo assim, desculpem, o Sporting está no topo do pódio da cartolina.
Mas se olharmos apenas para a época actual, vemos algo muito interessante. Até à recente jornada 26 foram mostrados ao Benfica 47 amarelos e 5 vermelhos, enquanto o Porto viu 43 amarelos e 1 vermelho. Dirão os benfiquistas “Estão a ver, ainda temos mais”. Pois têm, mas o Sporting dá um bigode que envergonha todos com 84 amarelos e 5 vermelhos.

Os leões têm portanto mais 41 amarelos que o Porto e mais 33 que o Benfica, ou seja, o Sporting tem quase o dobro dos amarelos dos rivais nesta ápoca. Tem 4 vezes mais vermelhos que o Porto e, vá lá, os mesmos que o Benfica – pois, aqui temos de dar um grande desconto pois estes têm o Maxi.
Este resultado está em linha com a teoria de que o xadrez da fruta está actualmente muito mais equilibrado - eu disse-te, benfiquista, que isto não eram só boas notícias, mas deixa lá a Maria em paz.
Bom, depois deste exercício interessante só há uma conclusão a tirar:
Chiça, é preciso ter azar. Logo fui escolher ser de um clube de sarrafeiros.
Os dados estatísticos foram retirados do site zerozero e estão apresentados nas seguintes tabelas:


terça-feira, 23 de abril de 2013

Ó Rui, a imbecilidade tem limites?


Rui Gomes da Silva, o defensor das cores vermelhas no Dia Seguinte da SIC Notícias alcançou ontem uma proeza notável. Fez todos nós de estúpidos e, obviamente, ele próprio.
Rui, repara, se eu dissesse que tens cara de boneco de ventriloquia, é uma opinião, é algo subjectivo, pode concordar-se ou não. Ou se dissesse que a capa do teu iPad é apaneleirada, também é uma opinião, novamente algo subjectivo. Contudo, se dissesse que tens três olhos e duas bocas, estaria só a ser estúpido e a querer fazer dos outros o mesmo, certo?
Sobre o infame último derby conseguiste dizer que o único penálti que ficou por marcar foi o encosto de traseira que o jogador encarnado fez sobre o Viola e fez cair o primeiro de forma descontrolada na área do Sporting. Ah, sim, também disseste qualquer coisa, em tom meio sumido e muito indeciso, que o penálti cometido sobre Viola talvez pudesse ser marcado. Esse mesmo, o do fim do jogo em que nada alteraria a vitória do teu clube.
Conseguiste ver apenas duas faltas para cartão, a do Viola e a do Rinaudo enquanto as do outro lado foram apenas entradas vigorosas porque, cito-te, “o futebol não é para meninas”.
Mais engraçado que isso, conseguiste reproduzir a frio a mesma matéria fecal que saiu da boca de Jorge Jesus a quente e que dá nome a este blog – “foi limpinho”.
Como queres ser levado a sério da próxima vez que choramingares uma má arbitragem? Como queres ser respeitado da próxima vez que a tua equipa for enrabada por um filho da puta com apito sem recurso a lubrificante?
Por isso Rui, poupa-nos. Não queiras fazer de nós estúpidos porque já somos o suficiente.

O critério largo de João Capela.


Sim, Capela, começamos por ti. É óbvio que começamos por ti, estavas à espera de quê?

Benfica 2 : 0 Sporting
Estádio da Luz, Jornada 26 da 1ª Liga, 21-04-2013

Não há volta a dar. O brilhante segundo golo do Benfica é um hino ao futebol mas insuficiente para apagar o que foi a verdadeira história deste jogo desde o primeiro ao último apito.

Se não te importas, Capela, vou chamar-te incompetente de merda. De outra forma teria de te chamar corrupto nojento ou, mais directamente, ladrão manhoso mas acho que preferirás o primeiro. Vou também assumir que a tua incompetência de merda deve-se ao facto de teres um vazio onde deverias ter os testículos e da tua fraca espinha curvar-se ao peso das sessenta mil pessoas que te salpicavam de perdigotos. Sabes, ser árbitro não é para qualquer um e muito menos para cobardes.

Como tudo o que é coerente, a incompetência de merda de Capela deu sinais logo nos primeiros minutos quando Ricky van Wolfswinkel foi rasteirado por Garay preciosos instantes antes de rematar. Falta claríssima que nos deixa na incógnita se terá passado despercebida ao árbitro ou se este terá dado a lei da vantagem, algo que não existe em situações de grande penalidade. Ficou o primeiro penálti por marcar e o primeiro cartão no bolso, dir-se-ia amarelo pois Ricky não estava completamente enquadrado com a baliza.

Capel, pouco depois, isolado em frente à baliza é empurrado nas costas pelo cotovelo de Maxi Pereira e depois rasteirado ficando mais um penálti por marcar e mais um cartão no bolso, desta vez seria vermelho.

Bruma poderia ter ficado meses sem pisar um relvado mas a sua perna não fez a vontade e aguentou heroicamente a entrada assassina de Matić. Capela manteve mais uma vez o cartão bem guardado e bem vermelho.

Como não há duas sem três, no final do jogo, Viola sofre uma placagem de Maxi Pereira dentro da área que faria inveja a qualquer jogador de rugby, e o incompetente de merda que fez? Sim, claro, o mesmo nada de sempre, o mesmo cartão de sempre.

Na anedótica tentativa de branquear a exibição de Capela, muitos chamam ao debate o critério largo, essa boa ideia de se deixar jogar, um conceito que o futebol português tanto precisa. Mas, o que vimos na realidade foi um critério largo à Capela. Esse critério largo que deixa jogadores ceifados e estendidos na área enquanto a bola rola e saltita na relva, a bem do futebol. Esse critério largo que deixa jogadores à beira de terminar carreiras ainda antes de as começarem sem se mostrar qualquer cartão, a bem do futebol. Esse mesmo critério largo que deixa no final do jogo, a bem do futebol, o Sporting com o dobro dos cartões amarelos apesar de ter cometido metade das faltas do adversário e nenhuma delas violenta. É esse mesmo, o critério largo de Capela. A bem do futebol.

Podemos ficar por aqui, mas mais haveria a contar. Mais umas entradas à cão, mais uns cartões que ficaram bem guardados, mais uns cantos que foram pontapés de baliza, mais uns pontapés de baliza que foram cantos, mais umas decisões demonstrativas que o critério largo de Capela ajusta-se à sua imagem como árbitro, maleável e incompetente como a merda.

Pois Capela, ficarás para a história como Calabote ficou. O teu nome será sempre ligado a um dos episódios mais podres no futebol português. Fizeste o que todos vimos e voltarias a fazê-lo de consciência tranquila. Melhor, voltarás a fazê-lo, sempre de consciência tranquila. E nós cá estaremos, de consciência também tranquila, a registar neste espaço a tua incompetência de merda.

Que comece a limpeza.

Sejam bem-vindos ao Foi Limpinho!

Serve este espaço para registar e recordar alguns dos momentos mais limpinhos do futebol português. Momentos esses que nos deixam todos de consciência tranquila por saber que o nosso futebol é isso mesmo, limpinho, limpinho!